segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Itaú Cultural / continuum / Leitores conectados

Itaú Cultural / continuum / Leitores conectados Galera mandei um texto meu para o Itaú Cultural e ele foi selecionado e publicado no site da instituição. Basta acessar o ink acima e viajar pela conectividade que nos invade e estamos imersos. Boa leitura. Se preferir confira o texto aqui. O som que vem de dentro por Fábio salmeron Ao caminhar pelas ruas de uma cidade confusa com seus carros barulhentos e cheios de fumaça, pessoas correndo de um lado para o outro apressadas, e um terrível clima frio e desesperador, percebo ao longe, em meio a toda essa loucura urbana, típica de cidades cosmopolitas, um som que rompe com todo o ruído descartável e se aproxima dos meus ouvidos feito uma leve pluma, que dançando no ar, recai sobre mim. Era algo lento e penetrante. Uma canção! Uma música que parecia soprada pelo vento e que me instigava a imaginação. De onde ela vem? E como consegue manter-se limpa em meio a toda a sujeira que tem que desviar para chegar pura até mim? É intrigante. Começo a andar mais rápido do que os transeuntes ao meu lado. De repente percebo que estou correndo feito um cachorro faminto em pleno caruru de Cosme e Damião. Desvio de um... desvio de outros... desvio de uma multidão que emparelhada atravessa o sinal. Rompo com a barreira e corro ainda mais. Agora não mais parecendo um cão, e sim um folião atrasado e esbaforido, que acaba de entrar no sambódromo e sua escola favorita já aponta na metade da avenida. Imaginem meu desespero! Preciso saber de onde vem aquela música, que a essa altura já estava se tornando maldita. Torturante, ela continua a penetrar pelos meus ouvidos e cada vez mais clara e... Espere... Eu reconheço essa voz. Eu na verdade adoro essa voz. É ela. Mas como ela chegou até aqui. E no meio dessa confusão toda. Acho que estou chegando mais perto. Isso! A música esta mais alta. Isso... É ela mesma! Continuo a correr, pois tenho a certeza que descobrirei. Avanço meu passo e quase como um maratonista atravesso um sinal aberto e esbarro num grupo enfadonho de adolescentes risonhas com seus cadernos nas mãos. O que é isso? Cadê a música? Que silêncio é esse? Fico meio atordoado e ouço baixinho uma voz que silencia a canção. Fico em estado de choque quando percebo dedos batendo nas minhas costas. Senhor, senhor, senhor! Sua hora acabou. Seu tempo chegou ao fim. Já tem uma pessoa aqui esperando. Olho lentamente para o lado e retiro o fone ainda meio atordoado. Homeopaticamente as vistas vão clareando e vejo uma garota... cadernos nas mãos, sorriso largo, batom desbotado, dentes recheados de aparelhos brilhantes. Ela espera que eu saia, que eu ceda gentilmente o meu lugar. Atordoado levanto cambaleante e vejo escrito na blusa da odiável mulher que arrancou a canção de dentro de mim: VOLTE SEMPRE.
Ilustração de Wilson Inácio

sábado, 12 de setembro de 2009

Muitos planos

Meus planos são muitos. Quando digo muitos, falo de intensidade focada. E não de muitos que se perdem em meio a poeira das palavras que soletramos sem a tal intensidade. Meus planos não são em hipótese alguma isolados. Eles são em conjunto. Eles agregam muitos que se movimentam por entre os meus sonhos e sorrisos. Todos que me cercam. Me seguem e me abraçam. Não conseguiria viver com planos apenas para mim. Venha você e deleite-se com meus planos que agora são seus planos também. Faça uso deles e construa também seus próprios planos. Planejaremos juntos... E seguiremos.

Foto impressão

Fotos que valem a pena ver... Todas estas fotos foram tiradas no dia da filmagem... para divulgação... para recordação... para mostrar o quanto podemos intuitivamente e conscientemente, sabendo o que desejamos imprimir no filme para que permenecesse do jeito que imaginamos. As fotos revelam a intimidade de uma história. De vidas. De depoimentos sofridos, de pessoas que vivem o limite e passam por ele para nos contar sua verdade. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Mas é ficção. Agradeço aos aspirantes a atores que toparam essa viagem comigo e interpretaram como excelentes profissionais. Valeu Adri, Ri e Dimi. Por acreditarem.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Morte Me Passou a Perna na estrada

Gente...
Nosso curta metragem filmado em um único plano sequência em apenas dois dias ja está na estrada. A experiência foi super bacana e o resultado ficou bem interessante. Em breve vou postar no blog para que todos possam assistir.