quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Tempo da Estiagem

A vontade que doi,
O calo que se rompe,
A mão que agarra,
A saliva  que tem sede,
Os lábios que não se encontram...

Ó desejo do vapor,
Ó suspiro da fumaça,
Ò desgraça da falta...
Ó o ridículo da vergonha...

Sede...
Tenho sede...
Uma  palavra... por se só
Um lamento... apenas uma vez...
O desgosto...

Não vale...

É tempo de estiagem...

Muito tempo sem garras

Calo a tua boca em um tom,
Disparo sobre vc apenas um suspiro,
E a cada gota de desejo que sobra,
Derramo em vc o meu amor...

Não te sobra nada,
Perdida, sobrada, cuspida, derramada...

as lágrimas compensam,
a dor,
permanece,
feliz,
teu sorriso,
supri,
necessário,
entristece,
meu coração...

se eu te agarro... eu nao
prefiro o lamento do azul...
sem,
sem,
sem,
tocar teu blues...

Eu retornei

Voltarei, voltarás, voltaremos...
esse espaço é único,
meu, só meu e seu...
quando o anjo quebra a asa...
voaremos juntos