quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma passagem amor

Te dou passagem meu amor para que vá. Te dou meu lamento para que guarde só para ti. Vai meu amor. Te deixo ir sem que precise olhar para traz. Siga na passagem e encontre seu verdadeiro amor. Te deixo que vá para ser mais de uma vez feliz. Não te guardo rancor. Apenas amor para deixá-la partir... E beijar, sem mais amor, o amor, que guardei e dediquei para ti.

Pardal na torre

Acolhimento no refúgio. A proteção por detrás das pedras. Armadas uma a uma. Em proteção. Empilhadas umas sobre as outras. Quem me dera ter uma proteção assim. Mirar o horizonte sem que ninguém me perceba. Um eterno voyeur do tempo. Tempo bom... tempo ruim. Turbulências que assolam o medo. E no soar do vento que se alfineta por entre as frestas ouso o som de uma voz forte que ecoa. Estou ouvindo o lamentar de Edith Piaf. Doce eterno pardal. Voa pardal. Extrapole os horizontes e me traga de volta o canto esquecido. Voa alto pardal e na luz do farol se guie para não mergulhar nas águas profundas do imaginário. Ainda me guio pelo seu rastro de luz.