quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pardal na torre

Acolhimento no refúgio. A proteção por detrás das pedras. Armadas uma a uma. Em proteção. Empilhadas umas sobre as outras. Quem me dera ter uma proteção assim. Mirar o horizonte sem que ninguém me perceba. Um eterno voyeur do tempo. Tempo bom... tempo ruim. Turbulências que assolam o medo. E no soar do vento que se alfineta por entre as frestas ouso o som de uma voz forte que ecoa. Estou ouvindo o lamentar de Edith Piaf. Doce eterno pardal. Voa pardal. Extrapole os horizontes e me traga de volta o canto esquecido. Voa alto pardal e na luz do farol se guie para não mergulhar nas águas profundas do imaginário. Ainda me guio pelo seu rastro de luz.

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