terça-feira, 2 de junho de 2009

Pele e pólvora

Um cigarro que ascendo e solto na baforada toda a minha revolta. São em baforadas que despejo no mundo o que não me agrada. Respirem agora a minha intransigência. A minha rispidez se traduz em palavras de desordem. Vamos romper com os olhos fechados de vergonha à miséria dos outros que acham agir com esperteza. Sintam na minha nicotina a alegria de poder fazer o que desejar. Na esbornia da vida rolo no chão e separo a poeira do meu corpo. Ela não me contamina. Estou em pé mais uma vez e sigo... Tranquilo... cambaleante... com sorriso nos lábios... Ouvindo Joy Division soar alto nos meus alto-falantes conduzo meu corpo ao encontro do ébrio que me chama... que se instala em mim. Sou pele e pólvora que ao menor toque explode em migalhas de sonhos e ferveções. Sou assim.... Me ascenda mais um cigarro.

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