quinta-feira, 23 de julho de 2009
Dois
Venha áspera... Perpetue. Para onde deseja me conduzir.
Venha minha doce lembrança e afugente o fantasma que tenta me contaminar com sua fúria voraz.
Seduza-me com sua delicadeza e me despreze ao final.
Sei que me tomas por inteiro e me deixa ao relento frio e vazio.
Suporto tua dor.
Suporto tua ausência.
Suporto o suportável.
Nessa lástima que se alimenta das minhas lembranças.
Permito que como pragas se apoderem da vontade e engula o desejo.
Prefiro não senti-los.
Prefiro exorcizar de dentro de mim.
Assim pareço poder ir.
Sem rumo, sem perdão, sem memória, sem pegadas.
Deixe-me ir...
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